A Rainha Branca, Philippa Gregory (Civilização Editora)

    A Rainha Branca é um romance histórico passado entre 1464 e 1485, tendo como pano de fundo a Guerra das Rosas - uma série de batalhas travadas entre duas casas rivais da família Plantageneta (sangue real). Para aqueles que desconhecem o tema, esta Guerra consistiu em batalhas pontuais entre 1455 e 1485, com primos lutando contra primos e irmãos traindo-se constantemente. A casa de Lencastre tinha como símbolo a Rosa Vermelha e a casa de Iorque, a Rosa Branca - daí a designação de Guerra das Rosas.
    Daí também o título do livro que segue a ascensão ao lugar de Rainha pela casa de Iorque de Isabel Woodville, filha dos Duques de Borgonha. A própria autora descreve-a como uma rainha bastante menosprezada e pouco amada", mas uma vez que a narrativa é feita pela própria personagem, é impossível não sentir certa empatia, até porque, mesmo que seja apenas ficção, ela amava mesmo o Rei Eduardo e a família, sendo uma boa filha e irmã e uma mãe extremosa e devotada. No entanto, é a própria filha mais velha quem, após a morte do pai e captura dos príncipes herdeiros pelo tio Ricardo, lhe diz:
« Vós nunca vos ireis render, não nos deixareis viver em paz. A vossa ambição vai ser a morte dos meus irmãos e, quando eles morrerem, ireis colocar-me, a mim, no trono. Preferis ter o trono a ter os vossos filhos (...). Tendes maior amor pela coroa do que pelos vossos filhos.»
    Com intrigas, traições, romances e  crenças místicas características desta época medieval, existem
todos os ingredientes que se pedem num romance histórico. A escrita é simples e acessível.

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