As Luzes de Setembro, Carlos Ruiz Zafón (Planeta)

   
    Não sei o que me impediu de invocar o terceiro direito inalianável do leitor (não acabar um livro) e interromper a leitura deste livro de Carlos Ruiz Zafón. O resumo da história na contracapa remete para um livro de mistério mas os livros deste autor têm sempre o ambiente nebuloso deste género literário, por isso decidi arriscar e lê-lo. O livro destina-se seguramente a leitores juvenis, mas mesmo destinando-se a este tipo de público, pareceu-me demasiado simplista em termos de argumento. 
    Simone, recentemente viúva, aceita o emprego como governanta de um fabricante de brinquedos, Lazarus Jann, e muda-se com os dois filhos para uma pequena aldeia da costa, Baía Azul.
      A adaptação à nova vida, embora absolutamente distinta do dia a dia em Paris, é rápida, ajudada sobretudo por Hanna, a criada, por Ismael, o primo de Hanna e por Lazarus.
    Pouco tempo depois Hanna é assassinada e ao tentarem descobrir o que aconteceu, são envolvidos numa trama que envolve a infância de Lazarus e que quase os mata. O passado de Lazarus persegue-o e destrói as pessoas de que gosta, para puni-lo por não ter respeitado o acordo feito. Uma mistura de Fausto, do Pai Natal e de Peter Pan.
     O livro, como todos deste autor, está muito bem escrito, mas a história, complexa por uma lado, é demasiado simplista por outro e quase previsível.
    
    

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