Saltitar de livro em livro
Acredito que existem momentos
certos para ler determinados livros. Tem-me acontecido com alguma frequência
passar algum tempo a arrastar-me na leitura de um livro, até acabar por o pôr
de lado, ou saltitar de livro em livro ao fim de algumas páginas que não me
prendem. Não gosto muito de criticar livros que não terminei de ler, precisamente
porque acredito que alguns deles, se voltar a pegar-lhes daqui a uns tempos,
até me vão interessar. Por vezes, por uma questão de (falta?) de maturidade,
outras vezes porque ando mais virada para um estilo literário diferente; por
precisar de um livro mais leve e não algo que mexa particularmente comigo, ou,
pelo contrário, por precisar urgentemente de algo que mexa comigo e me agite os
sentidos; seja qual for o motivo, há alturas em que demoro a prender-me a um
livro. Estas situações são mais evidentes quando acabei de ler um livro excecionalmente
bom, e geralmente terminam quando encontro o seguinte.
O último livro que me apaixonou
verdadeiramente foi, como sublinhei várias vezes, Nunca me deixes. E já lá vai
um tempo. Hoje decidi fazer uma lista dos livros que, nos últimos tempos, me despertaram a atenção
pelos resumos na contracapa e que folheei (entenda-se, li pelo menos 50 páginas
de cada um) mas que não me agarraram:
O Jardim, de Andrea Canobbio –
extremamente bem escrito, começa por despertar atenção, mas depois a história
não desenvolve e comecei a perder interesse.
A história de Eneas, de Sebastian
Barry – adorei o livro Escritos Secretos e gosto muito da escrita de Sebastian
Barry; no entanto a história não me prendeu logo, em parte porque me apetecia
algo de leitura mais fácil.
O Sétimo Selo, de José Rodrigues
dos Santos – a tal busca por um livro um pouco mais leve, e de leitura fácil;
tem uma ou outra passagem bem conseguida, mas a história de fundo não cativou
nem prendeu.
Sobretudo os dois primeiros,
pretendo voltar a tentar ler.
Por agora já estou mais
encaminhada com as leituras e farei as devidas críticas assim que puder.
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