tag:blogger.com,1999:blog-8517952872347432338.post8309964520833546537..comments2024-02-12T19:42:12.350+00:00Comments on Clube de Leituras: Biografia involuntária dos amantes, João Tordo (Alfaguara)Ana Vargashttp://www.blogger.com/profile/09267670114722420123noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-8517952872347432338.post-83848591112005514222016-01-29T10:46:48.134+00:002016-01-29T10:46:48.134+00:00Gostei muito deste livro. Tal como a minha mãe esc...Gostei muito deste livro. Tal como a minha mãe escreveu, agarra-nos desde o princípio e está muito bem escrito. Apesar de ser um livro duro e repleto de desventuras - a vida estagnada do narrador é quase uma bênção, quando começamos a conhecer a história de Saldaña Paris e, pior ainda, a de Teresa. Em meu entender, nem é tanto o aparecimento do manuscrito de Teresa, por si, que leva ao desencadear de todas as consequências e ao despoletar da obsessão do narrador pela história dos amantes. É o aparecimento do manuscrito na sequência da frase dita pela sua colega do trabalho na rádio, acerca de Saldaña Paris: "Nunca conheci ninguém tão triste em toda a minha vida. (...) Tão genuinamente triste, sabes? Como se todo ele tristeza, como se fosse feito disso. (...) Desgosto de amor. (...) Só pode ser (...). Ou perdeu o juízo ou perdeu a mulher da sua vida (...) de vez. Perdidinha para sempre. (...)O que me parece é que ele veio aqui para morrer." E, com o aparecimento do manuscrito, Saldaña Paris deixa de conseguir lidar com o mundo real e é como se a sua melancolia fosse transferida para o narrador que, por ambos, enceta uma viagem pelo passado. De sublinhar também a compaixão que transborda no final do livro, quando a fim de libertar o amigo, o narrador prefere ocultar os horrores que descobriu. E somos presenteados com uma espécie de um final feliz. Uma nota de esperança. A ler.SofiaVargashttps://www.blogger.com/profile/07251316962162518414noreply@blogger.com