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A mostrar mensagens de novembro, 2012

Valter Hugo Mãe

Valter Hugo Mãe é o vencedor da 10ª edição do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa. O escritor recebeu ontem, dia 26 de novembro, em S.Paulo, Brasil, o prémio na categoria de melhor romance com A Máquina de Fazer Espanhóis e também foi vencedor do Grande Prémio Portugal Telecom 2012.

Afonso Cruz

   O Almada Negreiros tinha razão. Nem preciso de entrar numa livraria, nem de contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida: Não chegam, não duro nem para metade da livraria.     Primeiro foram as listas dos 25 livros de autores portugueses da revista Ler (de outubro?) e eu a pensar que tenho/quero lê-los. Depois foi o jovem João Tordo e o menos jovem, Rentes de Carvalho, que me foram apresentados por vários leitores anónimos nos comboios da linha.  E na sexta-feira, soube pelo Bruno Pinheiro que um escritor português - Afonso Cruz - tinha ganho o prémio da União Europeia. Também não o conhecia, mas ele lê um texto e gostei muito.    Aqui vai o link para o filme que o Bruno colocou no You Tube. Vejam, oiçam e depois leiam. Eu vou fazê-lo:     Video

Os Manuscritos de Aspern, Henry James (Sistema Solar)

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        Conheci a história deste livro através da newsletter das edições Sistema Solar que o Luís Guerra com regularidade me envia. Depois foi a vez de a ler no Público, acentuando a minha vontade de ler o livro.     Foi o Diogo que o encontrou à venda na Livraria Palavra do Viajante e teve a simpatia de mo trazer.    A história narrada no livro é portanto conhecida à partida. É aliás, referida na apresentação que o tradutor, Aníbal Fernandes, faz do livro e do autor. Segundo este, Henry James ouviu a história durante a sua estadia em Florença: duas mulheres de idade avançada (uma com mas de oitenta anos e outra, a sua sobrinha, com cerca de cinquenta anos)vivem juntas, solteiras e têm na posse manuscritos de Shelley e de Byron. Um indivíduo quer desesperadamente ficar com os manuscritos e para tal consegue instalar-se na casa destas senhoras, aproximar-se delas, na expetativa que a mais velha morra e lhes consiga deitar a mão. Quando a velha senhora morre e ele manifesta a

Mel, Ian McEwan (Gradiva)

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    Mais um livro de Ian McEwan que, mais uma vez, me foi emprestado e recomendado pela Nélia.     De novo nos surpreendemos pela versatilidade deste autor. Muitos escritores escrevem obsessivamente sobre o mesmo tema ou as tramas percorrem as mesmas épocas, as mesmas ruas ou as mesmas personagens. Com Ian McEwan isso não acontece. Cada livro é um mergulho numa época, numa atmosfera, num enredo completamente distinto. No caso de Mel, e embora nem o nome do livro, nem a capa nos deixassem suspeitar, trata-se de um livro sobre espionagem, em pleno período da guerra fria, que se desenrola numa Inglaterra a viver uma crise política e económica.     O livro é,  assumidamente, uma homenagem a Ian Fleming que Ian McEwan expressamente menciona nas últimas páginas.     É também um livro que funciona como um jogo de espelhos que vamos decifrando à medida que ação se desenvolve, sem contudo deixar de sentir que, tal como Serena, fomos enganados.     Serena, a protagonista, é uma jovem