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A mostrar mensagens de janeiro, 2013

O que queremos dos livros?

    Para quem não gosta de ler, esta pergunta parecerá absurda. Mas para os apreciadores da leitura é uma pergunta cuja resposta nunca poderá deixar de ser absolutamente pessoal. Para cada um, haverá talvez um sem-número de motivos.     Quando era mais nova e devorava livros de forma ininterrupta, costumava dizer que eram os meus melhores amigos. Andava sempre com um livro atrás e, caso se me deparasse alguma espera inesperada, sabia que tinha companhia. Atualmente, estes amigos têm deixado algo a desejar. Mesmo em situações de espera já não têm feito a mesma companhia de outrora. Quem segue este blog já reparou decerto que não não tenho comentado livros. Não gosto de deixar livros inacabados mas se um livro está a demorar muito tempo a ser lido é porque não está a ser um bom companheiro. E, eventualmente, acabo por desistir.      Surgiu-me então a questão: "O que é eu procuro num livro? O que o torna um bom companheiro e me leva a não o conseguir pousar?"     Em prime

Morte em Veneza, Thomas Mann (Colecção Mil Folhas)

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   Interrompi a leitura do Doutor Jivago, para ler Morte em Veneza. Comecei a leitura convencida que conhecia a história mas não podia estar mais distante.    Aschenbach, o protagonista é um escritor alemão, de meia idade, disciplinado na sua vida e atividade e reconhecido pela obra já publicada.    Num passeio que faz durante um dia de Primavvera, encontra um homem, um viajante, que desperta nele uma vontade imensa de viajar - Não era mais do que um grande desejo de viajar; mas surgia assim, num acesso repentino, e crescia nele até à paixão, até à alucinação .    Decide partir para Veneza. Lá instalado, descobre um jovem polaco lindíssimo por quem se sente irremediavelmente atraído ( e agora, que se encontrava de perfil para o observador, este de novo se tomou de espanto, quase pavor, perante a beleza verdadeiramente divinal daquela jovem criatura humana.)    Esta atração leva-o a procurar rejuvenescer, pintando o cabelo e tratando o rosto, a segui-lo e à família, pelo dédalo