Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2013

O Estrangeiro, Albert Camus (Ed. Livros do Brasil)

Imagem
    Andava há muito com vontade de reler este livro. Recordo-me de o ter lido, em simultâneo com outros livros de Albert Camus, tendo este e o Mito de Sísifo marcado-me profundamente. Inolvidável o começo: Hoje, a mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem .     Ao longo da leitura, fui associando Mersault, o personagem principal, a Bartlleby de Melville. Vamos sentindo a mesma inquietação, porque não percebemos as atitudes, as motivações e o percurso de ambos. E os livros são o local certo para acompanharmos personagens por fora e por dentro, para percebermos o que sentem, como sentem, ao mesmo tempo que os acompanhamos nas suas atitudes e ações. Aqui, como em Bartleby, o desassossego resulta do facto de não nos ser dada qualquer chave para o que se passa, embora no caso de O Estrangeiro, com alguma regularidade, o personagem reconheça que é feliz.     O livro está dividido em duas partes, a primeira inicia-se com a morte da mãe e acaba com o assassinato do árabe ( O mar enviou-