Mensagens

A mostrar mensagens de setembro, 2015

A coisa à volta do teu pescoço, Chimamanda Ngozi Adichie (D. Quixote)

Imagem
         Os livros da Chimamanda são um bilhete seguro para uma viagem pelas suas histórias, personagens e paisagens. Até agora nunca me desiludiram. Este livro é composto por 12 histórias, passadas na Nigéria, África do Sul e nos EUA. Mas mesmo aquelas cuja ação decorre fora da Nigéria são nigerianas, pelas vivências, personagens e pela própria história.      Cela Um, a primeira história, relata a prisão de um jovem, filho de professores universitários, que é preso na sequência de desacatos provocados por cultos. E se ficamos chocados com a descrição da prisão não ficamos menos pela forma como os pais antes tinham lidado com os antecedentes criminais do filho que, na nas condições terríveis da prisão parece amadurecer.      Imitação conta a história de uma mulher nigeriana, Nkem, residente com os dois filhos nos EUA. O marido vive e trabalha na Nigéria e visita-a apenas no Verão. Quando Nkem sabe que o marido levou uma namorada para a casa de ambos na Nigéria, decide que ir

Portugal, A Flor e a Foice; J. Rentes de Carvalho (Quetzal)

Imagem
         Portugal A Flor e a Foice foi escrito entre abril de 1974 e outubro de 1975, em cima dos acontecimentos, mas com a distância inerente  ao facto do autor ser um "estrangeirado". Não se limita, no entanto, ao período da revolução, vai mais fundo, desfazendo a História de Portugal que aprendeu na escola e que, tantos anos volvidos, em certa medida, ainda consta dos nossos compêndios. E que provavelmente não será um exclusivo português. Aliás, J. Rentes de Carvalho reconhece-o quando escreve "Hoje como ontem, os cronistas purgam a realidade, enfeitam-na com guirlandas de boas intenções e ideais, ao mesmo tempo que os fotógrafos das cortes e das presidências se põem de cócoras em busca do ângulo mais favorável".     Devo confessar que me diverti a ler estas passagens, que desconhecia ou de que me esquecera, sobre a nossa história e heróis a que não escapou a descrição de D. Sebastião com " o lado direito maior que o esquerdo e o pé com um dedo a mai