A rapariga no comboio, Paula Hawkins (Topseller, Editora 20|20)
Quando um livro se torna bestseller pouco tempo depois da publicação, há sempre aquela curiosidade que nos impele a olhar para ele de cada vez que passamos numa livraria. Ainda assim, eu, pelo menos, tenho sempre um certo receio que seja um daqueles livros escritos com uma "receita-sucesso" mas sem grande arte. Este romance despertou-me o interesse desde cedo, por ser falado, mas também porque a própria leitura da contracapa me aguçou os sentidos. Como não o li durante o boom do seu sucesso, ouvi e vi, como não podia deixar de ser, opiniões contraditória, mas maioritariamente "Não é assim tão espetacular". Por isso, inevitavelmente, as minha expectativas baixaram. Talvez por isso e porque a história é completamente diferente daquilo que o resumo me sugeria, gostei muito do livro. O livro é escrito a três vozes: a da Rachel, a da Megan e a da Anna, mas a personagem principal é sem dúvida a Rachel. A Rachel é uma mulher que atingiu o fundo do p