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A mostrar mensagens de maio, 2016

Os três mosqueteiros, Alexandre Dumas (Publicações Europa América)

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    Há muito tempo que não lia romances de época e, um pouco por influência da série "Versailles", que sigo, fiquei com vontade de ler - pela primeira vez! - este clássico de Alexandre Dumas. E tenho a dizer que adorei. É frequente sentir falta dos livros de aventuras que lia na infância e adolescência. Pois bem, este romance não é para crianças e foi uma lufada de ar fresco. Gostei mesmo muito. A edição que li tem 672 páginas e eu li o livro em três semanas. Momentos houve em que o não consegui pousar mas, acima de tudo, senti-me totalmente envolvida, pela maneira como está escrito, pela densidade das personagens e elaboração da intriga, pelo humor sarcástico. É todo um conjunto de ingredientes que procuramos para nos deleitarmos com a leitura. O romance surpreendeu-me, comoveu-me e divertiu-me muito. Todos nós já ouvimos falar de d'Artagnan e dos três Mosqueteiros - Athos, Porthos e Aramis; mas muito menos do que esses terão efetivamente lido o romance que os imortal

O que o dia deve à noite, Yasmina Khadra (Bizâncio)

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       Não consigo explicar porque há uns anos comecei a ler este livro e desisti após as primeiras páginas. Agora aconteceu-me o contrário, depois de ter abandonado alguns livros a meio (na maioria dos casos, quase no início), quando começava a desesperar, peguei neste livro, O que o dia deve à noite , e desta vez foi paixão às primeiras palavras.     A história decorre na Argélia, ainda uma colónia francesa, e inicia-se em 1936. Com exceção da parte dedicada a Émilie, as três outras partes ostentam o nome da cidade (ou parte da cidade) em que Younes, o protagonista, vive. Começa em Jenane Jato para onde Younes vai viver com os pais e a irmã depois de terem perdido toda a colheita e terem de abandonar o campo. A miséria é tremenda e particularmente violenta para as crianças e as mulheres. O pai recusa-se a aceitar a ajuda do irmão que reside na cidade, mas termina por lhe entregar o filho para lhe assegurar uma vida melhor mas mantendo a esperança de um dia o ir buscar. Younes (

Sete Teses sobre o Aborto, Miguel Oliveira da Silva (Caminho)

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    O Dr. Miguel Oliveira da Silva é médico obstetra e foi meu professor durante os anos que frequentei o curso de Medicina na Universidade de Lisboa. Foi também presidente do CNECV. Sempre gostei de o ouvir falar e, quando descobri este livrinho em casa dos meus pais, fiquei com curiosidade de o ler. Não temos, neste blogue, o hábito de fazer críticas de livros que fujam ao género Romance, mas há sempre uma primeira vez para tudo.     Este livro foi escrito com intuito de fazer uma reflexão sobre o tema a fim de esclarecer algumas questões antes do referendo de 2007 para a despenalização do aborto até às 10 semanas. Na altura não o li mas o tema continua (e continuará) a ser atual e alvo de debate e controvérsia, pelo que me pareceu interessante conhecer a perspetiva de um médico obstetra quanto ao assunto.     A haver referendo, julgo indispensável que os partidos políticos e movimentos cívicos que nele participem deixem bem claro o que está em causa: saber se deve ou não haver