A vegetariana, Han Kang (D. Quixote)
A vegetariana é um livro absolutamente inquietante e arrebatador. Ao longo da sua leitura tive impressões distintas, inicialmente pensei que esta história não poderia decorrer ou ter como cenário outro país ou outra cultura, mas noutras partes pareceu-me universal nos problemas que aborda e na forma como o faz. O livro tem três partes, a primeira dá o nome ao livro, A vegetariana , e é narrada na primeira pessoa pelo marido de Yeong-hye, a segunda parte tem o título Mancha mongólica e é contada pelo cunhado e a terceira parte, Árvores flamejantes , é narrada pela irmã. Todas as partes acabam de forma inquietante, como uma espécie de clímax da parte respetiva. A protagonista, Yeong-hye, é a mulher, a cunhada, a filha, a irmã, mas nunca tem voz ativa, a não ser em pequenos diálogos, quando responde ao que lhe é perguntado. O marido descreve-a como uma pessoa banal (.... sempre pensei nela como alguém que não tinha rigorosamente nada de especia l.) nem atrae