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A mostrar mensagens de agosto, 2017

Rose Madder, Stephen King (New English Library)

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    [em português, O Retrato de Rose Madder, publicado pela Bertrand Editora]     Quando, no ano passado, li o livro Under the Dom e, fiquei positivamente impressionada com Stephen King. Na minha procura por outros romances do mesmo autor que me despertassem o interesse sem serem demasiado assustadores (marca que é sempre associada a King), descobri este - Rose Madder . E chamou-me a atenção por se tratar da história de uma mulher vítima de violência doméstica que foge ao marido, levando consigo apenas o cartão de crédito dele.     Voltei a achar a escrita muito simples e acessível, o que é bom porque o li no original, portanto, em inglês.    O livro começa com uma cena horrível, após uma sessão de pancada particularmente violenta a Rose Daniels pelo marido, Norman Daniels. Estão casados há cinco anos e passam outros nove ate que, em saber exatamente porquê, um dia Rose vê uma gota de sangue (seu) no lençol da cama e, ante a perspetiva de ter de mudar novamente os lençóis, d

O mar, John Banville (Edições Asa)

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     Nas arrumações cíclicas aos livros, encontrei este, adquirido há alguns anos e não lido então. Já estava no sótão, arrumado, destino dado aos livros lidos ou que abandonei a meio. Este não se enquadra em nenhuma destas categorias e portanto foi uma feliz coincidência termo-nos encontrado. É um livro belíssimo, como um trabalho rendilhado mas cheio de sentido ( O céu estava enevoado e nem uma brisa agitava a superfície do mar, as ondas pequenas desfaziam-se languidamente na orla da água, continuamente, como uma bainha interminavelmente pespontada por uma costureira ensonada .)     A história é aparentemente simples, Max Morden volta à pequena vila onde passou férias na infância para recuperar da morte recente da sua mulher, Anna, e instala-se na Casa dos Cedros. Era nesta casa que ficavam os Grace, uma família pela qual se sentia atraído em miúdo, em particular pela mãe e pelos filhos gémeos, Myles e Chloe. Instala-se nesta casa na tentativa de os recuperar, de encontra

Uma estranheza em mim, Orhan Pamuk (Editorial Presença)

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    Apaixonei-me pela obra deste autor através da leitura do Museu da Inocência e, por isso, cada livro de Orhan Pamuk que começo a ler vem carregado de uma enorme expetativa, que o resumo deste, publicado na contracapa, ainda acentuou:     Mevlut viu-a apenas uma vez e foi o suficiente para se apaixonar. Após três anos de cartas enviadas em segredo, decidem fugir. A escuridão da noite auxilia a fuga mas a luz de um relâmpago revela um engano terrível que os marcará para sempre. Chegados a Istambul, Mevlut decide aceitar o seu destino, seguindo os passos do pai (...)     A história tem como centro este engano e as consequências que produz na vida das pessoas envolvidas, contudo, ao longo das mais de 600 páginas desta obra, grande parte é gasta a falar das alterações na cidade e na vida daqueles que a habitam, na modificação da paisagem urbana, da mudança dos bairros de casas construídas pelos que ali chegavam, vindos das aldeias, para prédios e arranha-céus.      A alteração