Dorian Gray, Oscar Wilde (11x17)
Reler um livro é sempre uma viagem que traz um certo receio. Relemos os livros que nos marcaram de alguma forma, provavelmente procurando reavivar esses sentimentos entretanto adormecidos. E corremos o risco de não o conseguir, de não rever o encanto da primeira leitura. Pelo menos eu, quando releio um livro, faço-o com algum receio. Dorian Gray foi um desses livros. Sei que o li há muitos anos e lembrava-me de o ter adorado, ainda que apenas me lembrasse dos traços gerais da história: um jovem muito bonito e puro que é pintado e cuja pintura acumula as marcas da idade e da vida pecaminosa que entretanto o jovem passa a levar, poupando-o a ele dessas mazelas físicas - e dando-lhe liberdade para perpetrar os seus vícios. Decidi relê-lo por ocasião do concurso Novos Talentos FNAC 2018, que, na categoria Escrita pedia um conto baseado num clássico da literatura, de alguma forma transposto para a atualidade. Escolhi Dorian Gray. A sua leitura, não desiludiu. É um