Fahrenheit 451, Ray Bradbury (Saída de emergência)
É raro ler livros de ficção científica. Não por qualquer preconceito relativamente a este tipo de livros, até porque sou uma aficcionada de livros policiais, considerado por muitos também um género menor de literatura, mas porque, em regra, não aprecio o ambiente em que decorrem. Comecei, contudo, a encontrar referências a este livro, Fahrenheit 451, em referências feitas noutros livros ou por pessoas que o tinham lido e, ainda, na designação de uma revista brasileira sobre livros, que adotou o nome do livro, Fahrenheit 451. Provavelmente tudo o que direi sobre o livro já foi dito e lido, a começar pelo título: Fahrenheit 451, corresponde a 233 o Celsius, e é a temperatura a que ardem os livros. Guy Montag, o protagonista, é bombeiro e o seu trabalho é queimar livros - todos os livros -, as casas onde se encontram e até, se se recusarem a sair, os respetivos habitantes. O livro começa desta forma: « Era um prazer pôr fogo às coisas. Era um prazer especial vê-las a