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A mostrar mensagens de abril, 2019

Tanta Gente, Mariana - As palavras poupadas, Maria Judite Carvalho (Minotauro, GrupoAlmedina)

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        Redescobri recentemente a Maria Judite de Carvalho através de uma edição, já com algum tempo, das suas crónicas, com o título Este Tempo , e soube entretanto que  a sua obra completa está a ser publicada pela Almedina, através da chancela Minotauro. Este é o primeiro volume dessa coleção e reúne 17 contos, entre os quais Tanta Gente, Mariana e As Palavras Poupadas.     Gosto muito de ler contos, sobretudo quando à história se junta a qualidade da escrita, como acontece neste caso. Mas nestes contos há ainda a inocência da narração, desprovida de truques que encontramos em muito autores, destinados a manterem os leitores atentos, surpreendendo-os com voltas e reviravoltas a meio, ou fins inesperados.     Os contos de Maria Judite Carvalho são pequenas histórias de vida ou episódios do quotidiano, com pessoas comuns. Não se destinam a surpreender o leitor. São apenas histórias que quase nos são sussurradas ao ouvido, mas que nos tocam profundamente. Comovem. Na sua maior

Todos ou nenhum, João Menino Vargas (Edições Colibri / Associação 25 de Abril)

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    Saiu hoje, dia 23 de abril, este livro, Todos ou Nenhum , e tenho muitas razões para falar dele:     - porque foi o meu pai que o escreveu;   - porque ele participou nesse momento fundamental da nossa vida coletiva que levou à libertação dos presos políticos de Caxias;     - porque ele o dedicou à  minha mãe, Maria Beatriz;    - porque ele o dedicou aos netos - entre os quais os meus filhos, pois foi pensando neles que decidiu escrever esta peça;     - porque é fundamental recordar o que se passou e contá-lo às novas gerações, pois só desta forma podemos evitar que a história se repita;    - porque, como nos é recordado na contracapa, o regime deposto pelo 25 de abril tinha quase 4 400 presos políticos, 78 dos quais em Caxias; e    - porque Todos ou Nenhum não é apenas a história da decisão da libertação, mas também dos momentos que a antecedem e dos quais foram protagonistas os militares, os advogados, o povo que se juntou às portas da prisão e os presos que decid

23 de abril, Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor

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       O Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor é comemorado a 23 de abril, desde 1996, por decisão da UNESCO.     O dia escolhido é simbólico para livro e autores, já que neste dia desapareceram importantes escritores como Miguel de Cervantes e William Shakespeare, entre outros. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha e, neste dia, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.     Este ano, em Lisboa, haverá um desfile “ ManiFESTA-te pela leitura” , organizado pelo Plano Nacional de Leitura 2027, que parte às 14:30 da Praça Camões rumo ao Chiado e que se destina a celebrar os livros, os autores e os leitores.

José Saramago, Azinhaga

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    Nos últimos tempos tenho-me deslocado com alguma regularidade a Azinhaga, terra onde nasceu José Saramago.     Em maio de 2009 foi lá inaugurada a estátua de José Saramago. A estátua em bronze, criada pelo escultor Armando Ferreira " representa José Saramago em tamanho real sentado a um banco também em bronze ", no Largo da Praça.      No livro que tem nas mãos estão escritas as palavras que são o princípio de um texto seu sobre a Azinhaga - “A aldeia chama-se Azinhaga…”.     Segundo li em artigos então publicados, o grupo de leitores Mais Saramago propôs à Junta de Freguesia fazer uma estátua na Azinhaga, mas o então presidente, Vítor Guia, tinha a convicção de que o autor seria contra. Ao apresentar-lhe a ideia, em Lanzarote, Saramago terá respondido: “ Quando eu morrer façam as estátuas que quiserem para os pombos me cagarem em cima ”. Perante a insistência, aceitou e na inauguração disse que esperava um dia voltar e ver umas pessoas ali sentadas a ler o