Escombros, Elena Ferrante (Relógio D' Água)
Antes de escrever sobre este livro, Escombros (gosto do título, da sua sonoridade), tenho que confessar que me irritou imenso o fenómeno Elena Ferrante. De repente toda a gente falava nela, sobretudo após a edição da tetralogia d' A Amiga Genial, e eu justificava o meu desinteresse na sua leitura recorrendo a uma citação do Somerset Maugham: "Sei por experiência própria que quando um livro causa sensação convém esperar um ano antes de tomar conhecimento dele. É surpreendente a quantidade de livros que, ao cabo, nos dispensamos de ler." Irritava-me particularmente a discussão sobre a identidade da autora (será de facto uma autora?) e considerava a decisão dela de não aparecer, nem se identificar, para além da indicação do nome, como uma forma de promoção, que, paradoxalmente com o que é a prática atual, funcionava. Revi a minha posição quer quanto aos livros dela que já li, A Amiga Genial , História do Novo Nome , História de quem vai e de