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A mostrar mensagens de julho, 2020

O Estranho Caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde, Robert Louis Stevenson (Quasi Edições)

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    O Dr. Jekyll e o S. Hyde são personagens que, não tendo antes lido o livro que lhes deu vida, sempre conheci. O grosso da história faz quase parte do leque de fábulas que vamos ouvindo enquanto crescemos, e creio que chegou mesmo a haver uma série de desenhos animados que acompanhei, durante a minha infância.    **** SPOILER ****    Afinal, quem nunca ouviu falar do doutor magrinho que bebia uma poção, que trazia consigo em frasquinhos, e se transformava numa espécie de monstro musculado, feio, esverdeado e, o que mais interessava, mau?     Talvez haja quem não esteja familiarizado, por isso identifiquei esta secção.      Pois bem, como disse antes, o grosso da história é essencialmente esse; mas, claro, o livro é bastante mais interessante, e com reflexões entre o bem e o mal e como ambos coabitam em cada um de nós.     ****FIM de SPOILER ****     O pequeno livro (é mesmo, mesmo pequenino) começa com dois homens, parentes afastados, a passearem pela cidade. Ao p

O Zen e a Arte da Escrita, Ray Bradbury (Cavalo de Ferro)

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        Depois de ter acabado de ler um livro, atraída pelo título, " O que Entra nos Livros ", e de não encontrar aquilo que esperava, comecei a ler este, que me foi oferecido, e surpreendi-me por nele encontrar justamente o que entra nos livros.     Gosto de ler livros sobre livros e sobre a arte de escrever.  Não procuro receitas, nem diretivas sobre como escrever livros, mas, gostando de escrever, sempre me fascinou o processo criativo. A existência ou não de disciplina. O equilíbrio entre a inspiração e o trabalho. Nunca consegui imaginar um autor a sentar-se perante uma folha em branco e obrigar-se a escrever. Penso sempre que primeiro aparece a ideia, a história, as personagens, e só depois a escrita. Quando já juntou as peças todas, como um puzzle,  então o autor senta-se e escreve. Esta ideia é reforçada pelas histórias contadas em livros e filmes sobre o bloqueio dos escritores. Não imagino alguém sem ideias sobre o que escrever, sentado a escrever. Mas é isso que R

O Que Entra nos Livros, António Manuel Venda (Ambar)

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                                                Gosto de ler livros sobre livros, pelo que não resisti a este. O que será que entra nos livros ou pelo menos nos livros do António Manuel Venda de quem nunca tinha lido nada antes?     Confesso que foi uma deceção. A primeira parte cria algum suspense que é, parece-me, arrastado até ao limite. O narrador é contactado pelo dono de uma livraria em Évora que tem urgência em falar com ele. A história que lhe conta e de que guarda provas é a seguinte: um mágico velhinho, fugido de um livro dele, entra em livros de outros autores, substituindo diversas personagens. Sai de um e entra noutro, tudo em livros que estão referenciados no final. Cada capítulo inicia-se com um excerto onde a personagem é substituída pela referência ao mágico velhinho.     Caso se tratasse de um conto poderia ter a sua graça, imaginar uma personagem - o mágico velhinho - a usurpar o lugar de outras, sem que nos fosse dada qualquer razão para tal, até que o liv