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A mostrar mensagens de agosto, 2020

A Letra Encarnada, Nathaniel Hawthorne

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    Há algum tempo que andava curiosa por ler este livro, essencialmente porque é considerado «o» romance clássico americano, frequentemente mencionado e retratado em filmes e séries americanas, apesar de pouco falado por estes lados.     Não resisti quando o vi à venda e percebi ser uma tradução de Fernando Pessoa, e foi o livro que li durante a minha semana de férias.     É um romance claramente datado, abordando uma realidade de há alguns séculos que, atualmente, já pouco se verifica (infelizmente, ainda não totalmente abolida). O tema do romance é o adultério. Em Boston, ainda no século XVII, Hester Prynne é acusada de adultério, depois de dar à luz uma menina, estando o seu marido desaparecido há alguns anos. Como consequência, é obrigada, após uma estada na prisão, onde a menina nasceu, a ficar de pé perante a comunidade, com a letra «A» bordada ao peito, letra essa que deverá usar para o resto da vida, como penitência pelo seu pecado. Enquanto ali se encontra, o pároco pede-lhe

O Fio da Navalha, W. Somerset Maugham (Edição Livros do Brasil)

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     Durante as férias leio sempre menos do que desejo ou planeio fazer. Em parte por falta de tempo, mas também por maior dificuldade de concentração. Este ano não foi diferente. Andei a vaguear entre livros, cheguei mesmo a ler alguns em simultâneo, o que raramente faço, até que aterrei em segurança n' O Fio da Navalha. Como nos outros livros de W. Somerset Maugham que li ( Servidão Humana , O Véu Pintado ou Mrs. Craddock ) fico totalmente presa logo nas primeiras linhas. Como é possível largar uma livro que começa desta forma:     " Nunca senti maior apreensão ao começar um romance. E se digo romance é por não saber que outro nome lhe dê. Não tem grande enredo, não acaba com morte ou casamento. A morte põe termo a todas as coisas e é, portanto, fim lógico para uma história; mas também o casamento é solução muito correta e os blasés fazem mal em escarnecer daquilo que vulgarmente se diz que "acabou bem". (...)  Mas estou a deixar o meu leitor às escuras. "