O Infinito num Junco, Irene Vallejo (Bertrand Editora)
Não me lembraria de comprar este livro se não me tivesse sido recomendado pela Livraria do Viajante. Como levo muito a sério as recomendações que lá me fazem, vim com o livro debaixo do braço, apesar de ostentar uma cinta que, entre elogios de Mario Vargas Llosa, Juan José Millás e Alberto Manguel, dizia que o livro tinha sido um fenómeno de vendas em Espanha e o livro mais lido do confinamento. Aprendi a desconfiar destes encómios e a preferir livros que já ganharam algum pó nas estantes. Mas neste caso não me arrependi. A priori parece-me extraordinariamente arrojado escrever sobre a invenção do livro na antiguidade, mas é fascinante ver como a autora consegue fazê-lo como se nos contasse uma história que vai interrompendo e misturando com histórias pessoais e excertos de livros de autores atuais. O Infinito num junco começa, no prólogo, com grupos de homens a cavalo a percorrer os caminhos da Grécia, o que causa desconfiança e medo nos camponeses, mas o que estes cavalei