O que lemos em 2020
Surpreendentemente, a pandemia que nos fechou em casa, e que poderia ter proporcionado mais tempo para a leitura, teve o efeito contrário. Em 2020 lemos menos livros, como se a interrupção das nossas vidas não criasse o espaço necessário para preencher com a leitura. Mas os livros que lemos compensaram-nos das viagens que não pudemos fazer, passámos do Chile à Rússia, do Canadá a França, do Egito à China, passando pela Guatemala e por outros países e continentes. Como habitualmente, os escritores que mais lemos foram os de língua portuguesa. Descobrimos novos e redescobrimos antigos autores. Os menos livros que lemos em 2020, na sua maioria, deslumbraram-nos com as histórias, com as palavras e até, nalguns casos, com os conselhos que nos davam. E como é dito, a dada altura no extraordinário livro de Martha Batalha “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”: Afundava a cara nos livros e se perdia em histórias. Quando levantava a cabeça achava tudo muito horrível, e sumia