O Haiku das Palavras Perdidas, Andrés Pascual (Gradiva)

Ainda estou em processo de assimilação desta história, depois de ter fechado o livro há dois dias. Foi o primeiro livro que li de Andrés Pascual e fiquei rendida. Há um bom tempo que não me sentia tão envolvida num romance. O autor transporta-nos, à vez, até Nagasáqui de 1945, nos momentos que antecederam e que se sucederam ao lançamento da bomba atómica, e, já em 2011, a Quioto, Genebra e Alpes Suíços. São duas histórias ou, se quisermos, dois lados de uma mesma história que começou com o amor de dois jovens de treze anos: Kazuo (Victor) e Junko. Kazuo, holandês, perdeu os pais quando era pequeno, tendo sido adotado pelo amigo japonês destes, o doutor Sato, e a sua mulher. Destoando pelo seu cabelo loiro e «olhos de peixe», cresce com os costumes japoneses e conhece Junko na escola. Juntos, costumam subir a colina e observar o campo dos prisioneiros aliados. Um dia, Junko comunica-lhe que vai fazer um jogo com ele, como a sua mãe está a fazer com ela, t...