O domador de leões, Camilla Lackberg (D. Quixote)

Continuo a surpreender-me com a explosão dos livros policiais de autores nórdicos que, tenho a sensação, substituíram as escritoras britânicas, já com alguma idade e cabelos brancos que, entre chávenas de chá, imaginavam crimes e criminosos hediondos. Parece-me, porém, que nenhum crime nem criminoso inventado por elas chegava aos pés destes. Mas não é a maldade ou o horror do crime que faz um bom livro policial nem sequer o seu desfecho ou o suspense que o antecede. Para mim, que não tento sequer adivinhar o autor do crime, um bom livro policial é aquele em que vamos descobrindo lentamente as pistas que vão sendo plantadas parcimoniosamente, conduzindo-nos, como se estivéssemos na cabeça de quem investiga o crime, à descoberta do criminoso. Mas em que o mais importante é o motivo, a causa do crime. Desta autora, é o terceiro livro que leio, depois d' A Ilha dos Espírito s e A Sombra da Sereia , e neles encontro a ideia do mal gratuito, sem razão ...