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A mostrar mensagens de abril, 2014

Corações em Silêncio, Nicholas Sparks (Editorial Presença)

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    Uma leitura fácil, sem dúvida, e há momentos em que também é necessário. No seu todo, no entanto, é uma história simples e sem grandes surpresas, aliás, depois de ler uns três livros de Nicholas Sparks, já quase adivinho metade da trama. E este livro teve muitos aspetos previsíveis. Mais uma vez, uma história de amor; mais uma vez, uma morte que custa - mesmo já se prevendo; essa morte não é por nenhuma doença horrenda, mas também existe um problema de saúde envolvido. No fundo, os três ingredientes de todos os livros de Nicolas Sparks - amor, doença, morte.     Desta vez é Denise Holton, mãe solteira de um menino de quatro anos com um atraso significativo na linguagem, sem que se consiga descobrir a causa. Denise perdeu toda a restante família e volta para a terra da mãe com o filho. No início do livro, numa noite de tempestade, tem um acidente de carro e quando acorda o filho não se encontra no carro. É salva por um bombeiro que se encarrega também das buscas do filho dela

A Revoltada, Doris Lessing (Livros do Brasil)

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    Nunca tinha lido nada da Doris Lessing, o que considero uma falha, por ser Prémio Nobel da Literatura (claro que ainda me falta ler muitos mais), e quando vi, na estante dos meus avós, o segundo e terceiro volumes da sua coleção "Filhos da Violência" fiz minha a missão de encontrar o primeiro volume - A Revoltada. Já não é editado, pelo que tive de o comprar em segunda mão, pela internet.     Não sei muito bem o que dizer sobre este livro. Já me tinha perguntado - e até recentemente - como seria escreve e er um livro sobre uma vida perfeitamente normal, isto é, sem grande peripécias do protagonista, ou romances avassaladores, ou intrigas por destrinçar ou as aventuras que fizeram história. Como seria descrver o percurso de vida de alguém anónimo, de uma persinagem neutra que vai seguindo a sua vida ao rumo da maré que a arrasta. É um bocadinho asim que me sinto em relação a este volume, mas não num mau sentido. CLaro que o romance está muito marcado por uma época e u

Combateremos a sombra, Lídia Jorge (Edições D. Quixote)

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    Confesso que gostei tanto deste livro quanto me surpreendeu. Há muitos anos que não lia Lídia Jorge e tinha a ideia que os livros dela eram pesados e dificeis. Daqueles que reservamos para as férias, para lermos com espaço e tempo. Provavelmente tê-lo-ia apreciado mais se o tivesse lido lentamente, sentada no meu sofá. Mas é um livro irrestivel desde o início, daqueles que não conseguimos largar. Começamos a ler e ficamos presos:     Deveríamos rir-nos da fragilidade da memória, ou pelo menos sorrirmos das artimanhas do seu esquecimento. Na verdade, passados três anos depois da passagem do Milénio, se nos perguntarem o que sucedeu durante essa noite que então tomámos por memorável, pouco mais do que a figura sideral de um fogo-de-artíficio em forma de chuva de estrelas a cair sobre o cenário de um rio nos virá à mente. E no entanto, a vida não se passou bem assim.     Para além da escrita, ficamos reféns do enredo, porque o que pensávamos que era um romance, uma história de