Stoner, John Williams (D. Quixote)
Já tinha decidido que deixaria de comprar livros pelas indicações das capas que os identificam como o melhor livro do ano ou da década. Stoner traz na contracapa uma citação do New Yorker deste tipo ( O melhor romance americano de que nunca ouvimos falar...) , mas foram as indicações na capa, todas de escritores de que gosto, que me surpreenderam e me levaram a folheá-lo. A leitura quase obsessiva começou nesse momento. E terminada a leitura volto a interrogar-me o que faz um bom livro. O que faz um leitor não conseguir pousar um livro e continuar a lê-lo quase sem interrupção. Neste caso não é, seguramente, a história que se pode contar em poucas linhas, e que é contada logo no início do livro: Stoner, filho de pais agricultores, tem a possibilidade de continuar os estudos e na faculdade apaixona-se pela literatura e pelo ensino. Depois de concluir os estudos segue a carreira de professor na mesma universidade, numa vida absurdamente monótona, marcada por um casament