A nova Coventry, Sue Townsend (Difel)

    Achei curioso ver na estante do sótão um livro da autora dos "Diários de Adrian Mole" num outro livro, num outro registo; a curiosidade aguçou-se quando li o resumo do livro: uma mulher, Coventry, que mata acidentalmente um homem que estava a maltratar a mulher, fugindo em seguida.
    É uma leitura muito ligeira, cheia de personagens e situações absolutamente caricatas.
    Coventry, uma mulher tão bonita que sente necessidade de se vestir discretamente para não atrair ainda mais atenções do que as naturalmente despertadas, está casada com Derek, um homem aparentemente extremamente insípido e com uma paixão desmesurada por tartarugas. Têm dois filhos adolescentes. Coventry sente-se absolutamente infeliz com a vida que leva. Uma noite, vê da janela da cozinha o vizinho, bêbado, estrangular a mulher, e larga o que estava a fazer para correr a casa dos vizinhos, acertando no pescoço do homem com um ActionMen. O homem cai morto no chão e, sem pensar duas vezes, Coventry foge a correr, largando toda a sua vida pacata. Começa a viver na rua enquanto espera notícias do irmão, Sidney, que está de férias com a mulher no Algarve. Coventry venera o irmão e espera que ele a ajude. Sidney, que dá ideia de só gostar de si próprio, não está particularmente preocupado com a irmã. 
    Li o livro com uma sobrancelha erguida pela estranheza de certas passagens, que acabam por ser cómicas e nos levam a pensar " como é que alguém se lembra disto?", mas não é um livro deslumbrante, nem perto.

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