A jogadora de Go, Shan Sa (Notícias Editorial)
Depois de ter descoberto esta autora, li quase de seguida três livros dela. Este último, A jogadora de Go, foi aquele que mais gostei. Pode não ter o fôlego do livro A Imperatriz ou o suspense constante de Os conspiradores mas é o mais sentido. O livro é narrado a duas vozes, a de uma jovem chinesa, residente na Manchúria e a de um soldado japonês, destacado para aquela região. A ação decorre durante a invasão da Manchúria pelo exército japonês. Os capítulos pertencem-lhes alternadamente. Os dois encontram-se diariamente na Praça dos Mil Ventos para jogarem Go. Um jogo que os acompanha ao longo das páginas e que vai tecendo uma relação entre eles feita praticamente sem palavras. Ela ignora a nacionalidade dele, até porque ele se faz passar por chinês para espiar os jogadores, missão de que foi encarregue por um capitão do exército japonês convencido que o Go é apenas um disfarce: é nesta praça que os nossos inimigos combinam os seus golpes delirantes, a pretexto de u