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A mostrar mensagens de novembro, 2016

A jogadora de Go, Shan Sa (Notícias Editorial)

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    Depois de ter descoberto esta autora, li quase de seguida três livros dela. Este último, A jogadora de Go, foi aquele que mais gostei. Pode não ter o fôlego do livro A Imperatriz ou o suspense constante de Os conspiradores mas é o mais sentido.    O livro é narrado a duas vozes, a de uma jovem chinesa, residente na Manchúria e a de um soldado japonês, destacado para aquela região. A ação decorre durante a invasão da Manchúria pelo exército japonês.     Os capítulos pertencem-lhes alternadamente. Os dois encontram-se diariamente na Praça dos Mil Ventos para jogarem Go. Um jogo que os acompanha ao longo das páginas e que vai tecendo uma relação entre eles feita praticamente sem palavras. Ela ignora a nacionalidade dele, até porque ele se faz passar por chinês para espiar os jogadores, missão de que foi encarregue por um capitão do exército japonês convencido que o Go é apenas um disfarce: é nesta praça que os nossos inimigos combinam os seus golpes delirantes, a pretexto de u

O Luto de Elias Gro, João Tordo (Companhia das Letras)

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    Foi estranho para mim ler este livro, uma vez que, como penso já ter mencionado em entradas anteriores, fiz um curso de escrita com o João Tordo. Do pouco que pude conhecer dele, confesso que, em alguns momentos, me senti uma intrusa a espreitar sem autorização uma fase - muito dolorosa - da sua vida. Isto porque me foi impossível dissociar-me desse conhecimento, ou seja, enquanto lia era como se a história me estivesse a ser narrada pelo próprio autor e, não poucas vezes, dei por mim a perguntar-me onde terminava a realidade e começava a ficção.     Usando como cenário uma ilha algures no Atlântico, onde se fala francês, o escritor veste-se de um narrador presente que, para todos os efeitos, decidiu deixar de viver. Nessa ilha, num farol há muito desabitado, tenta refugiar-se dos seus fantasmas por intermédio da bebida e da inércia. Mas não é bem sucedido porque, mesmo sem o querer, acaba por se envolver com os habitantes da ilha, particularmente com Elias Gro ( Eu não o largo.

Outlander - Nas Asas do Tempo, Diana Gabaldon (Casa das Letras)

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    Depois de umas semanas numa das minhas "crises de livros" - aquelas alturas em que começo um novo livro a cada dois dias porque não há nenhum que me agarre - uma amiga minha emprestou-me este tomo de quase 800 páginas. Já tinha ficado curiosa com a série televisiva e, ao saber que havia um livro de base - mais!, que havia uma série de, pelo menos, sete livros - fiquei bastante entusiasmada com a possibilidade de voltar a mergulhar em mundos alternativos durante um período alargado de tempo. E, sim, o livro agarrou-me.    Trata-se da história de Claire Beauchamp, criada por um tio historiador, após a morte dos pais, e casada, mais tarde, com o também historiador Frank Randall. Devido à Segunda Guerra Mundial, passam a maior parte do seu casamento separados. Com o cessar-fogo, reencontram-se e decidem fazer uma segunda Lua de Mel onde haviam feito a primeira: na Escócia. E é num dos passeios pelas Terras Altas que Claire é atraída para uma pedra fendida num monumento d