José Saramago, Azinhaga
Nos últimos tempos tenho-me deslocado com alguma regularidade a Azinhaga, terra onde nasceu José Saramago.
Em maio de 2009 foi lá inaugurada a estátua de José
Saramago. A estátua em bronze, criada pelo
escultor Armando Ferreira "representa
José Saramago em tamanho real sentado a um banco também em bronze", no
Largo da Praça.
No livro que tem nas mãos estão escritas as palavras que são o
princípio de um texto seu sobre a Azinhaga - “A aldeia chama-se Azinhaga…”.
Segundo li em artigos então publicados, o grupo
de leitores Mais Saramago propôs à Junta de Freguesia fazer uma estátua na Azinhaga,
mas o então presidente, Vítor Guia, tinha a convicção de que o autor seria
contra. Ao apresentar-lhe a ideia, em Lanzarote, Saramago terá respondido:
“Quando eu morrer façam as estátuas que quiserem para os pombos me cagarem em
cima”. Perante a insistência, aceitou e na inauguração disse que esperava um
dia voltar e ver umas pessoas ali sentadas a ler ou a tirar fotografias.
Nas vezes que lá fui nunca encontrei a estátua suja, mas também não encontrei pessoas sentadas a ler. Ontem, apesar da chuva que teimava em cair, encontrei a estátua dele rodeada de turistas que tiravam
fotografias revezando-se à sua volta.
Desde que não seja da Pilar... A estatua mostrou outro artista, que o fez, com as suas expressões... mas dele ninguém fala... chega a ser ironico até!
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