O Prodígio, Emma Donoghue (Porto Editora)
Já lá vão alguns anos desde que li o primeiro romance de Emma Donoghue, O Quarto de Jack, e me rendi à escrita, à profundidade e à história. Por isso, quando soube deste novo livro, O Prodígio, e li a contracapa, decidi no momento que teria de o ler também.
Numa pequena e remota aldeia da Irlanda do século XIX, após a Grande Fome de 1845 a 1849, uma menina deixou de comer no seu décimo primeiro aniversários... quatro meses antes de Lib, uma enfermeira inglesa, treinada pela reconhecida Miss Nightingale, ser chamada para vigiar a menina. Lib não conhece o caso antes de chegar ao destino e revolta-se por ser chamada, juntamente com uma freira enfermeira irlandesa, para testemunharem o que o médico afirma categoricamente tratar-se de um milagre.
As enfermeiras devem montar um vigia, solicitada por um comité regional, a fim de confirmarem que, de facto, a menina sobrevive há mais de quatro meses sem ingerir qualquer alimento. Cética por natureza, Lib formula imediatamente o julgo de que a criança se trata de uma impostora, envaidecida pela atenção de tantos crentes que chegam a viajar só para a verem.
Numa pequena e remota aldeia da Irlanda do século XIX, após a Grande Fome de 1845 a 1849, uma menina deixou de comer no seu décimo primeiro aniversários... quatro meses antes de Lib, uma enfermeira inglesa, treinada pela reconhecida Miss Nightingale, ser chamada para vigiar a menina. Lib não conhece o caso antes de chegar ao destino e revolta-se por ser chamada, juntamente com uma freira enfermeira irlandesa, para testemunharem o que o médico afirma categoricamente tratar-se de um milagre.
As enfermeiras devem montar um vigia, solicitada por um comité regional, a fim de confirmarem que, de facto, a menina sobrevive há mais de quatro meses sem ingerir qualquer alimento. Cética por natureza, Lib formula imediatamente o julgo de que a criança se trata de uma impostora, envaidecida pela atenção de tantos crentes que chegam a viajar só para a verem.
Cedo, porém, cede aos encantos de Anna, uma menina alegre, humilde e inteligente, profundamente crente, incluindo na sua capacidade abençoada de não necessitar de alimentos terrenos:
«Esta criança de feições suaves não era, portanto, o inimigo, nenhum prisioneiro experiente. Apenas uma menina apanhada numa espécie de sonho acordado, dirigindo-se calmamente até à beira de um penhasco, sem sequer se dar conta. Uma simples paciente que precisava da ajuda da sua enfermeira. E rapidamente.»
Mas os bons espíritos e energia de Anna começam a esmorecer passados poucos dias da vigia, e, então, Lib começa a ser assaltada por uma desconfiança, tanto quanto um receio:
Confesso que fiquei um pouco desiludida. Conquanto queiramos efetivamente descobrir o que aconteceu e nos deixemos embrenhar na história, vão-nos naturalmente surgindo questões, que acabam por ser levantadas por Lib... mas em momentos muito posteriores, sem que se perceba a necessidade de protelar as respostas - a não ser como estratégia para assegurar que o leitor se agarre a mais umas páginas.
***
Comentários
Enviar um comentário