O Estranho Caso do Dr. Jekyll e do Sr. Hyde, Robert Louis Stevenson (Quasi Edições)

    O Dr. Jekyll e o S. Hyde são personagens que, não tendo antes lido o livro que lhes deu vida, sempre conheci. O grosso da história faz quase parte do leque de fábulas que vamos ouvindo enquanto crescemos, e creio que chegou mesmo a haver uma série de desenhos animados que acompanhei, durante a minha infância.

   ****SPOILER****
   Afinal, quem nunca ouviu falar do doutor magrinho que bebia uma poção, que trazia consigo em frasquinhos, e se transformava numa espécie de monstro musculado, feio, esverdeado e, o que mais interessava, mau?
    Talvez haja quem não esteja familiarizado, por isso identifiquei esta secção. 
    Pois bem, como disse antes, o grosso da história é essencialmente esse; mas, claro, o livro é bastante mais interessante, e com reflexões entre o bem e o mal e como ambos coabitam em cada um de nós.
    ****FIM de SPOILER****

    O pequeno livro (é mesmo, mesmo pequenino) começa com dois homens, parentes afastados, a passearem pela cidade. Ao passarem por um portão particular, um deles, Sr. Enfield, comenta com o outro, Sr. Utterson, um episódio desconcertante a que assistira, em que um homem de aspeto tenebroso chocara com uma criança e se afastara, deixando-a no chão a chorar. Vários familiares haviam acorrido e condenado o homem, que a todos impressionara e deixara com uma desconcertante impressão de repúdio. Por fim, exigiram-lhe que indemnizasse a família da menina lesada. Assim, o homem dirigira-se à casa daquele portão por que os cavalheiros passavam, acompanhado do Sr. Enfield, e voltara com um cheque em nome do conceituado Dr. Jekyll. O homem que originara toda esta cena, chamava-se Hyde. 
    O nome era familiar ao Sr. Utterson, advogado, que pouco tempo antes atualizara o testamento do Dr. Jekyll, de quem era amigo, no sentido de conceder permissões diversas a este sujeito Hyde. Se já na altura, o advogado ficara intrigado e desconfortável, a cena descrita mais acentuou a sua consternação. E começa então a tentar perceber que influência exerce este Hyde na vida e na sanidade do seu venerável amigo Jekyll.

    «[...] Valha-me Deus, o homem mal se assemelha a um ser humano! Mais parece um troglodita, ou um monstro de um velho conto infantil. Ou será apenas o mero sopro de uma alma hedionda, que conspurca e transfigura daquela maneira o corpo que a encerra? [...] Ah, meu podre Harry Jekyll! Se consigo ver a expressão do Diabo no rosto de alguém, é no desse teu novo amigo

   Gostei muito do livro, e pela sua dimensão, é perfeito para uma tarde de praia.
   Aconselho a leitura!

Comentários

  1. Bom dia tudo bem? Sou brasileiro e procuro novos seguidores para o meu blog. E seguirei o seu com prazer. Novos amigos também são bem vindos, não importa a distância.

    https://viagenspelobrasilerio.blogspot.com/?m=1

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