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As Telefones, Djaimilia Pereira de Almeida (Relógio d'Água)

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         As Telefones foi encantamento às primeiras palavras, como já tinha acontecido com o anterior livro da Djaimilia, Luanda, Lisboa, Paraíso , e se ambos partilham a geografia, as relações familiares e a escrita poética, são no resto distintos. As Telefones é a história de uma mãe e uma filha, Filomena e Solange, que vivem separadas, mas é também a despedida da mãe. A filha vive em Lisboa, primeiro com uma tia e depois sozinha, enquanto a mãe permanece em Angola. Falam por telefone, são elas próprias telefones (« Os seus telefonemas não eram palavras, mas um sonho em andamento, cujo avesso era tudo que não contavam uma à outra. ..). São ambas narradoras, alternando-se, marcando pelo estilo de letra a autoria.     A filha cresce sem saber exatamente – sem se recordar - como é a mãe, ignorando por isso como ela própria será. As transformações por que ambas passam, tornam-nas desconhecidas a cada reencontro. O reconhecimento ou a estranheza...