A cabana dos peixes que voam, Chiew-Siah Tei (Publicações Europa-América)

Já tinha tentado começar a ler este livro várias vezes, mas nunca tinha passado da primeira folha. Desta vez, li logo várias de seguida, e achei que tinha chegado a altura certa para o ler. Ainda assim demorei bastante tempo. A escrita é simples, um tanto melancólica, mas uma melancolia quase expectável atendendo a que o personagem principal, Mighzi, é obrigado a seguir toda vida as ordens do avô, cuja principal obsessão é não ofender os antepassados. Tenho de admitir que me fascina toda a cultura chinesa, todos os rituais a ela associados - se bem que assim, nos livros; para as mulheres, é muito penosa. Como previsto pelo Mandarim que lhe dá o nome, Minghzi torna-se, também ele Mandarim, para orgulho do avô, um caminho que trilhou praticamente sem opção, ainda que tivesse como vantagem a possibilidade de fugir da mansão e do domínio do Sr. Chai. É durante os estudos que vai para a sua primeira casa que batiza de A Cabana dos Peixes que Voam, por causa...