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O Assassino Tímido, Clara Usón (Teodolito)

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    Ao longo da leitura de O Assassino Tímido, fui mudando a minha opinião sobre a história e sobre a escrita, desatada, como a autora a classifica. Gostei muito do início, com que me identifiquei:     "Fui jovem numa época em que o futuro parecia também jovem e novo, não um mero prolongamento de anos tristes que se arrastavam e cheiravam a pó e reclusão.     (...) Queríamos divertir-nos, queríamos ser modernos (por oposição aos nosso pais, esses filhos de Franco, a quem chamávamos "velhos"), queríamos experimentar tudo, queríamos ser europeus!, e não, não tínhamos medo nenhum da morte, parecia-nos que a nossa juventude nos tornava invulneráveis, mas a vida supreendeu-nos, alternando os funerais dos nosso amigos com os dos nossos avós."   Afinal, também vivemos numa ditadura de que nos libertámos pouco tempo antes dos espanhóis. A minha geração - que é a mesma da autora, Clara Usón - viveu igualmente a juventude sob o signo da libertação...