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Em tudo havia beleza (Ordesa), Manuel Vilas (Alfaguara)

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  Em tudo havia beleza foi um dos poucos livros que comprei na Feira do Livro deste ano. Não conhecia o autor, Manuel Vilas, mas confesso que gostei do título, da capa e da dúvida que a palavra «Ordesa» entre parênteses introduzia. Li, ainda antes de o comprar - na fila para a caixa -, as folhas iniciais que reforçaram a minha vontade de o ler.   É um livro autobiográfico, de balanço, particularmente tocante para quem, como ele, ultrapassou as cinco décadas de vida:     «O passado de qualquer homem ou mulher com mais de cinquenta anos transforma-se num enigma. É impossível resolvê-lo. Resta apenas apaixonarmo-nos pelo enigma . » (pg. 83)     É nessa altura da vida que, em regra, somos confrontados com a proximidade da morte, mas também com a solidão resultante de várias perdas. Como escreve logo na primeira página:     « (...) Foi então que voltei a pensar no meu pai. Porque pensei que as conversas que tivera com o meu pai eram a única coisa...