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Não saí da minha noite, Annie Ernaux (Livros do Brasil)

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    Durante anos procurei livros sobre a velhice (e a demência) e a morte da mãe e confrontei-me com o seu reduzido número, ao contrário dos livros sobre a morte do pai. Li agora dois, excecionais, publicados recentemente sobre este tema: Misericórdia , de Lídia Jorge, e Não saí da minha noite. Ambos escritos por mulheres. Escritoras. Interrogo-me se os escritores, homens, escreverão mais sobre a morte do pai e as escritoras sobre a morte da mãe. Ultrapassando questões de afetos e ligações, tratar-se-á de uma questão de identificação? Numa entrevista – que li algures – sobre este livro (que me recuso a catalogar porque não consigo fazê-lo, nem me parece que importe), Annie Ernaux refere que tem consciência de que «a sua mãe representa “o tempo” e que de alguma maneira ela a “empurra” a ela, a sua filha, para a “morte”».      Surpreendeu-me a questão da noite, presente neste livro e em Misericórdia:      «Aqui onde me encontr...