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Narciso e Goldmund, Herman Hesse (D. Quixote)

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   Em vários momentos de Narciso e Goldmund, lembrei-me de Siddartha. Narciso e Goldmund foi publicado em 1930, 8 anos depois de Siddartha. Em ambos os romances, estão presentes a procura, o misticismo e a fé, mas sempre num registo dual, marcado logo pelas distintas opções de ficar e de partir. Ao contrário de Siddartha, em Narciso e Goldmund esta dualidade é assumida por cada um deles. O primeiro escolhe viver no mosteiro, uma vida mística dedicada ao espírito, enquanto Goldmund escolhe a errância, os caminhos sem destino, a procura do prazer.      «No fundo, toda a existência parecia basear-se na dicotomia, na oposição dos contrários: ou se era homem ou mulher, vagabundo ou pequeno-burguês, guiado pelo intelecto ou pelos sentidos - nunca e em lado algum o inspirar e o expirar, a masculinidade e a feminilidade, a liberdade e a ordem, o instinto e o espírito podiam ser experimentados em simultâneo; sempre se pagava um com a perda do outro e sempre o aspeto q...