Maria Stuart, Stefan Zweig (Aletheia Editores)

O Diogo acerta sempre nos livros que me oferece. Não sei se optou por este pelo autor ou pela biografada, mas qualquer que tenha sido o motivo, acertou pois adorei lê-lo. Conhecia mal a vida de Maria Stuart e o pouco que conhecia era a relação com Isabel e a sua trágica morte. O livro dá uma dimensão a Maria Stuart que não nos deixa indiferentes. Aliás, o livro transmite a sensação que Stefan Zweig desenvolveu uma forte empatia com a biografada e, no confronto que esta manteve com Isabel, uma clara opção pela figura derrotada, inevitavelmente trágica mas que a história tem relegado para um plano secundário. Várias passagens nos dão esta perspetiva: A vitória de Isabel foi o triunfo da vontade da História, que caminha sempre em frente, que atira para trás de si, como cascas vazias, as formas fora de moda e tenta criar outras sempre novas. A vida de Isabel personifica a energia duma nação que quer conquistar...