Assassinato no Comité Central, Manuel Vásquez Montalbán (Quetzal)

Como já vem sendo habitual, em agosto tirei uns dias de férias para os gozar com os meus netos. O destino foi Peniche e as maravilhosas praias do Baleal, da Consolação e São Bernardo. Ignorava que a semana seria marcada pelo ainda furacão Erin, que fez hastear as bandeiras vermelhas e o mar galgar metros de praia. Mas mesmo assim, conseguimos aproveitar na maré baixa as pequenas piscinas que ficavam entre as rochas. Antes de partirmos, quando fazia as malas, decidi substituir o livro Regressos quase perfeitos, memórias da guerra em Angola , que estava a ler, por este, Assassinato no Comité Central, que me parecia ajustar-se melhor à praia e aos curtos períodos de leitura que os miúdos me iriam permitir. Mas regressei com poucas páginas lidas. Logo no primeiro dia, depois do almoço, decidi oferecer-me uns minutos de leitura, enquanto o mais velho, que tem 5 anos, via desenhos animados, e a mais pequena, com 2 anos, se dedicava a pintar – na verdade, a...