"A ilha debaixo do mar", Isabel Allende (Edições Inapa)
É tão bom apaixonarmo-nos por um livro, e este foi uma paixão às primeiras páginas...
A história decorre quase toda no continente americano - São Domingo que depois se torna Haiti, Cuba, Louisiana, Boston - mas é assombrada pela história e tradições africanas e europeias.
Seguimos a vida da escrava Tété (Zarité), da relação com o amo Valmorain e da descendência comum, ao longo dos diferentes lugares onde se vão fixando, fugidos das sucessivas revoltas escravas e das retaliações francesas.
Ao longo da vida, Tété descobre que acabar com a escravatura não significa acabar com a discriminação e que em qualquer pessoa, independentemente da cor ou origem, se pode encontrar amor e compaixão ou, pelo contrário, raiva e desprezo pelos outros. Descobrimos com ela que se pode conciliar medicina ocidental com remédios feitos de ervas e magia negra, e o deus católico com práticas e crenças africanas e com o vodu.
Tété, Hortense, Rosette, Maurice, Sancho, Valmorain, Parmentier, Adéle...são pedaços deste mosaico de culturas e geografia que nos atraiem irresistivelmente e apelam à leitura sem interrupção.
Por algum motivo, não me apaixonei... Apesar de ter um pano interessante, não consegui que me arrebatasse...
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