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A Soma dos Dias, Isabel Allende (Difel)

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    Comecei a ler este livro antes do início das minhas férias, mas esqueci-me de o levar quando fui passar uns dias fora. Deu-me prazer reencontrá-lo, ainda com a página marcada onde tinha interrompido a leitura.      A escrita mais recente da Isabel Allende está muito longe dos livros inicias, eivados do designado realismo mágico que tanto me deslumbraram. Este é um livro autobiográfico, iniciado pouco depois da morte da sua filha Paula.    Conforme refere, manteve ao longo dos anos uma relação epistolar com a mãe que lhe permitiu conservar fresca a memória, contudo, é à filha Paula que escreve, como se falasse com ela, informando-a sobre o que aconteceu após a sua morte [« No dia 6 de dezembro cumpriu-se o primeiro aniversário da tua morte. Queria recordar-te bela, simples, contente, vestida de noiva ou a saltar à chuva em Toledo, com um guarda-chuva preto, mas de noite, nos meus pesadelos, assaltam-me as imagens mais trágicas: a tua cama ...

O meu país inventado, Isabel Allende (Difel)

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    O meu país inventado estava arrumado entre os outros livros de Isabel Allende, com quem, confesso, já tive uma relação melhor. Apaixonei-me por vários dos livros dela, A Casa dos Espíritos , Eva Luna , Do Amor e de Sombra , Retrato a Sépia e Paula , mas os mais recentes desiludiram-me. Longa Pétala do Mar foi o último que li dela e, apesar de contar uma história extraordinária, não me apaixonei como aconteceu com os anteriores.    Tenho o péssimo hábito de não dar nova oportunidade aos autores quando me desiludem. Talvez tenha sido por isso que O meu país inventado , que data de 2003, permaneceu tanto tempo esquecido na prateleira, a capa já um pouco amarelecida, sem ter sido mexida, mas, ao contrário do que esperava, gostei bastante de o ler. Reconheço, contudo, que não tem o fôlego nem a ambição dos primeiros.     Enquanto o lia fui tendo a noção de que havia partes que já tinha lido, mas talvez seja porque se refere ou recorda excert...

Longa Pétala de Mar, Isabel Allende (Porto Editora)

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    O primeiro livro que li de Isabel Allende, "A casa dos Espíritos", foi também o primeiro livro desta autora a ser publicado. É um livro mágico. Os livros que se seguiram, "De amor e de sombra", "Eva Luna", "Contos de Eva Luna", "Retrato a sépia" e, mais tarde, " A ilha debaixo do mar " são igualmente apaixonantes, mas já não têm a originalidade e a frescura do primeiro. Dela li também o livro "Paula", que me marcou enormemente. Como muitas pessoas em todo o mundo fiz o luto por esta filha e, hoje, muitos anos depois de o ter lido, ainda me lembro de pequenos detalhes dos últimos momentos da Paula, como se os tivesse vivido verdadeiramente.     Isabel Allende publicou entretanto outros livros, que não li, porque, depois de os folhear ou ler as primeiras páginas, preferi guardar a memória intacta dos primeiros livros dela, contudo, quando li a sinopse deste "Longa Pétala do Mar" fiquei com vontade de...

"A ilha debaixo do mar", Isabel Allende (Edições Inapa)

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    É tão bom apaixonarmo-nos por um livro, e este foi uma paixão às primeiras páginas...     A história decorre quase toda no continente americano - São Domingo que depois se torna Haiti, Cuba, Louisiana, Boston - mas é assombrada pela história e tradições africanas e europeias.     Seguimos a vida da escrava Tété (Zarité), da relação com o amo Valmorain e da descendência comum, ao longo dos diferentes lugares onde se vão fixando, fugidos das sucessivas revoltas escravas e das retaliações francesas.     Ao longo da vida, Tété descobre que acabar com a escravatura não significa acabar com a discriminação e que em qualquer pessoa, independentemente da cor ou origem, se pode encontrar amor e compaixão ou, pelo contrário, raiva e desprezo pelos outros. Descobrimos com ela que se pode conciliar medicina ocidental com remédios feitos de ervas e magia negra, e o deus católico com práticas e crenças africanas e com o vodu. ...