Les Conspirateurs, Shan Sa (Albin Michel)
Há um trio de personagens, Ayamei, figura central dos eventos ocorridos em Tianan men, refugiada em França onde continua a luar pelos direitos humanos na China, Jonathan, americano, engenheiro alimentar e que se apresenta como membro de uma organização designada Mandato terrestre, cujo objetivo é combater a corrupção, e Philipe Matelot, um ambicioso e corrupto alto funcionário francês. Por trás destas personagens, estão os respetivos países e as suas relações (La France n'existera dans le monde qu'en s'inscrivant dans une histoire d'amour triangulaire avec la Chine et les Etats-Unis.)
Mas nem Ayamei nem Jonathan são quem dizem ser, ambos trabalham para os serviços secretos dos respetivos países. Mesmo Philippe apagou o seu passado e mudou de nome.
Curiosamente, é sobretudo pela voz de Jonathan que ouvimos falar da angústia que inevitavelmente persegue os que mudam de personagem (Quand je mourrai, je ne sais pas encore sous quel nom ce sera), mas também Ayamei fala desse drama (Je me entrevois à travers Ayamei...) e da inexorável passagem do tempo (Où sont partis mes vingt ans? Où sont partis mes rires, mes élans, mes larmes de douleur et d'exaltation? J'avais un rêne. Il s'est évanoui!).
Ficamos sem saber se a história de amor que Jonathan e Ayamei vivem sobrevive à descoberta da verdadeira identidade.
Apesar das críticas e do facto de não gostar de livros de espionagem ou talvez por causa disso, gostei muito do livro.
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