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Um Castelo em Ipanema, Martha Batalha (Porto Editora)

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      Li o primeiro livro desta Autora, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão , de que gostei muito. Vi, antes de ler o livro, o filme A Vida Invisível , realizado por Karim Aïnouz e que ganhou Prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes. O filme - que não segue exatamente o livro – é de uma enorme beleza e de uma grande tristeza. Nalguns aspetos a imagem consegue impressionar mais que a palavra.     Achei curioso o título do filme, que deixa cair o nome da protagonista, passando a falar apenas da vida invisível, ficando em aberto quem vive esta vida invisível. Mas o título podia ser no plural, As Vidas Invisíveis , porque na realidade não é apenas Eurídice que tem uma vida invisível, a sua irmã, a mãe, as outras mulheres, têm na sua maioria vidas invisíveis e, mais que isso, decididas pelos homens - o pai ou o marido. A ação decorre nos anos 50, no Brasil, mas podia ser em qualquer outro país. Talvez não por acaso, os pais de Eurídice são portugueses (« ...

A vida invisível de Eurídice Gusmão, Martha Batalha (Porto Editora)

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     O primeiro  contacto que tive com A Vida Invisível de Eurídice Gusmão foi através deste cartaz, afixado  em vários locais, no Largo de  Santos, que anunciava o filme. Mais do que a imagem foi o título que me atraiu. Passado pouco tempo encontrei, por acaso, o livro na Livraria da Travessa.     Comprei-o para oferecer (sem sequer ter tempo de o ler antes de voltar a embrulhá-lo e oferecê-lo) e a amiga que o recebeu disse-me que tinha gostado muito. Pouco tempo depois vi o filme (ver trailer ). Extraordinário. Realizado por Karim Ainouz ganhou o prémio principal da Mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes de 2019. O filme não é uma mera adaptação do livro, mas a mensagem está lá. A vida invisível das mulheres. Como diz a Martha Batalha, no início:     "Mas o mais real deste livro está na vida das duas protagonistas, Eurídice e Guida. Elas ainda podem ser vistas por aí. (...) Eurídice  e Guida foram baseadas nas vidas das ...