Niketche foi amor às primeiras palavras, às primeiras páginas. E como todos os livros pelos quais nos apaixonamos, dividi-me entre lê-lo avidamente ou mais lentamente, fazendo durar o prazer. Niketche, como define o glossário no final do livro, é uma dança de amor da Zambézia e Nampula. Mas antes de lá chegarmos, já sabemos pela leitura do livro que "é a dança do sol e da lua, dança do vento e da chuva, dança da criação. Uma dança que mexe, que aquece. Que imobiliza o corpo e faz a alma voar. (...) Quando a dança termina, podem ouvir-se entre os assistentes suspiros de quem desperta de um sonho bom." Niketche, o livro, o romance, conta-nos uma história de poligamia, mas fala-nos sobretudo das mulheres de Moçambique, do sul, do centro e do norte, e como são física e culturalmente distintas. Mulheres casadas, solteiras, viúvas, novas e velhas. E não conseguimos deixar de nos espantar com a evolução da história que nos é contada, da transformação...
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