Um Artista do Mundo Flutuante, Kazuo Ishiguro (Gradiva)

Este livro deixou-me absolutamente dividida - o que justifica, em parte, o tempo entre o fim da sua leitura e a minha recensão da mesma neste blogue. Recorrendo à fórmula a que já nos habituou e de que, pessoalmente, gosto bastante, a história, narrada na primeira pessoa, é como que um discorrer de memórias dentro de memórias. Em qualquer dos seus romances já lidos - Nunca Me Deixe s , The Remains of the Day ( Os Despojos do Dia ) e O Gigante Enterrado - encontramos esta forma de escrever, mas diria que este é aquele que mais se aproxima do primeiro, que é, sem dúvida, para mim, o seu melhor romance e o que me fez ler todos os seguintes (que não lhe chegaram aos «calcanhares»). Se me perguntarem se gostei do livro, direi que sim. Se me perguntarem do que trata, responderei que me parece ser a análise de uma vida e de como as nossas ações podem vir a ter influências imprevisíveis no futuro. Mas também pode não ser exatamente isso... ...