Leituras de férias
Entre a Foz do Arelho, Oeiras e a Serra de Tomar, as férias passaram demasiado depressa. Tão depressa que pouco foi o tempo que consegui dedicar à leitura.

Quero ler este livro!
Depois li, quase sem conseguir parar, O Quarto de Jack., de Emma Donaghue, finalista do Man Booker Prize e do Orange Prize, 2010. Comprado pela minha filha é um livro surpreendente que narra a vida de uma criança e da mãe, encarcerados ambos num quarto. É narrado pela voz de Jack, a quem a mãe, num esforço para o proteger, o convence que o quarto é o mundo e consegue garantir-lhe uma vida quase normal e saudável. Lembrou-me o filme A vida é bela, e o amor imenso que consegue alterar a realidade, de forma a torná-la menos terrível.
Vi agora (fevereiro 2016) o filme O quarto de Jack, uma adaptação excelente ao cinema. Emma Donaghue é autora do argumento, o que contribuiu certamente para a adaptação muito fiel ao livro, mas o duo de actores, Brie Larson (Mamã) e Jacob Tremblay (Jack) e a ligação que transmitem, são decisivos para o sucesso do filme.
O filme centra-se sobretudo na parte em que os dois se tentam adaptar à vida fora do quarto. Num só aparente paradoxo, a mãe tem muito mais dificuldade em se adaptar a esta nova fase, ao contrário de Jack que ingere o mundo de todas as formas possíveis e se lhe adapta, como antes se adaptara a viver na dimensão reduzida do quarto.
Na parte final, junta algumas notas biográficas. Tive pena que nada tivesse dito quanto a Luciana, que, de acordo com o livro, desempenhou funções absolutamente inéditas na época para uma mulher.
Com este romance recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da APE / DGLB.
Com este romance recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da APE / DGLB.
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