Era tudo tão bom, Linda Grant (Civilização Editora)

Se tardei a desistir (quase dois meses, o que, já de si, é demasiado tempo para um livro tão pequeno), foi porque a história de fundo parecia muito interessante e eu queria desvendá-la. Só que já vou sabendo identificar os estilos que gosto e, muito para lá da história, aprecio um livro bem escrito, bem construído e cuja escrita seja bonita - mesmo quando sobre temas feios. Não encontrei isso aqui.
Já tinha lido um livro da Linda Grant, Vidas Entrelaçadas, e lembro-me que gostei bastante. Esse foi outro motivo para tentar manter a chama da leitura. Mas, de facto, a forma como este romance está escrito não me cativou. Não vi passagens bonitas, achei o enredo confuso e, acima de tudo, desorganizado. Parecia que, de vez em quando, a autora se lembrava de uma passagem que queria incluir e incluía-a, mesmo que não houvesse fio condutor este o parágrafo anterior e o novo.
Por fim, também me deu ideia que a tradução não era das melhores - outra coisa com que, sim, eu costumo implicar.
Por isso, desisti. E, contra o que é habitual, decidi, ainda assim, fazer a crítica do que li. A verdade é que «Pus-me a contar os livros que há para ler e os anos que terei de vida. Não chegam, não duro nem para metade da livraria». E a vida passa demasiado rápido para se perder tempo com livros que não nos cativam.
Venha o próximo.
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